O câncer de fígado é uma condição complexa que exige uma abordagem cuidadosa e personalizada, e o primeiro passo é buscar saber os tipos de câncer de fígado e tratamentos associados.

Como cirurgião especializado em aparelho digestivo em Goiânia, acompanho pacientes com diferentes tipos dessa doença, oferecendo tratamentos avançados e ajustados às necessidades individuais.

A incidência desse tipo de tumor tem aumentado nos últimos anos, principalmente devido às doenças hepáticas crônicas, como hepatite viral e cirrose.

Felizmente, os avanços da medicina trouxeram novas opções terapêuticas que melhoram significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

Principais tipos de câncer de fígado e tratamentos

O tratamento de câncer hepático está diretamente relacionado ao tipo de câncer e estágio da doença:

Carcinoma Hepatocelular (CHC)

O carcinoma hepatocelular é o tipo mais comum de câncer primário do fígado, frequentemente associado a doenças hepáticas crônicas, como cirrose e infecções por hepatite B e C.

Pacientes com esteato-hepatite não alcoólica também têm um risco aumentado.

O tratamento depende do estágio do tumor e das condições do fígado.

Quando diagnosticado precocemente, a cirurgia é a melhor opção, seja por meio de uma ressecção parcial do fígado ou do transplante hepático.

Em casos avançados, optamos por terapias sistêmicas, como inibidores de tirosina quinase e imunoterapia.

Colangiocarcinoma

Esse tipo de tumor afeta os ductos biliares e pode ser classificado como intra-hepático ou extra-hepático. A progressão costuma ser silenciosa, dificultando o diagnóstico precoce.

O tratamento curativo envolve cirurgia para remoção do tumor. Em casos não operáveis, utilizamos quimioterapia e, recentemente, terapias-alvo para perfis moleculares específicos.

Angiossarcoma e Hemangiossarcoma

Esses tumores são raros e se originam nos vasos sanguíneos do fígado. Infelizmente, são bastante agressivos e geralmente diagnosticados em estágios avançados.

O tratamento se baseia em quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia para alívio dos sintomas.

Hepatoblastoma

Mais comum em crianças, esse tipo de câncer apresenta boas taxas de cura quando identificado precocemente.

A abordagem inclui cirurgia para remoção do tumor e quimioterapia para reduzir o risco de recorrência.

Tratamentos

Como mencionei acima, a escolha do tratamento depende do estágio da doença, da saúde geral do paciente e da capacidade do fígado de funcionar adequadamente.

Entre as opções disponíveis, destacam-se:

Cirurgia

Para tumores localizados, a ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha. Em casos de cirrose severa ou tumores múltiplos, o transplante hepático pode ser indicado.

Ablação por Radiofrequência

Indicada para pacientes que não podem ser operados, essa técnica utiliza calor para destruir as células cancerígenas. É uma opção eficaz para tumores pequenos.

Quimioembolização Transarterial (TACE)

Um procedimento minimamente invasivo que bloqueia o fluxo sanguíneo para o tumor, injetando quimioterápicos diretamente na artéria hepática.

Terapias Sistêmicas

  • Inibidores de tirosina quinase (sorafenibe, lenvatinibe) ajudam a retardar o crescimento tumoral.
  • Imunoterapia, como a combinação de atezolizumabe e bevacizumabe, tem demonstrado resultados promissores para pacientes em estágios avançados.
  • Terapias-alvo, que bloqueiam alterações genéticas específicas do tumor, são cada vez mais utilizadas.

Inovações no tratamento

A pesquisa na oncologia hepática tem avançado rapidamente, trazendo novas perspectivas para os pacientes. Estudos recentes têm mostrado que a combinação de imunoterapia e terapias-alvo pode melhorar significativamente a sobrevida.

Outras estratégias envolvem o desenvolvimento de vacinas terapêuticas e o uso de terapia gênica para corrigir mutações associadas ao câncer.

A radioterapia estereotáxica também vem sendo estudada como opção complementar às abordagens convencionais.

Conclusão

O tratamento do câncer de fígado tem evoluído significativamente, proporcionando melhores resultados e qualidade de vida aos pacientes.

A individualização da terapia, considerando as características do tumor e a condição clínica do paciente, é fundamental para aumentar as chances de sucesso.

A medicina de precisão, com o uso de terapias-alvo e imunoterapia, está revolucionando o controle da doença, propiciando abordagens mais eficazes e menos invasivas.

O diagnóstico precoce continua sendo um dos maiores desafios, pois muitas vezes a doença só é detectada em estágios avançados.

Por isso, o acompanhamento médico regular, especialmente para pessoas com fatores de risco, é essencial para identificar alterações hepáticas antes que se tornem mais graves.

Se você ou alguém que conhece está enfrentando essa doença, busque orientação especializada.

Em Goiânia, estou à disposição para esclarecer dúvidas e oferecer um tratamento personalizado, com foco na melhor abordagem para cada caso.

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Dr. Thiago Tredicci, Gastroenterologista e Cirurgião do Aparelho Digestivo. Experiente em cirurgia geral. CRM GO 12828, RQE 8168 e 8626.