No meu dia a dia no consultório, muitos dos meus pacientes ficam um pouco assustados quando recebem o diagnóstico de cisto no pâncreas, e meu papel enquanto cirurgião geral e gastroenterologista é esclarecer todas as dúvidas.

Acredito que, quando recebem as informações corretas, eles ficam muito mais tranquilos e aderem melhor ao tratamento.

Então, um cisto localizado no pâncreas caracteriza-se por uma bolsa cheia de líquido, e embora a maioria dos cistos no pâncreas sejam benignos e não causem sintomas, alguns podem ser cancerosos ou causar problemas de saúde.

Por isso, é importante estar atento a determinados sintomas e no caso de qualquer suspeita, consultar um gastroenterologista o quanto antes.

Mas para adiantar, preparei esse conteúdo explicando em detalhes o que é um cisto pancreático, causas, sintomas, e como é feito o diagnóstico e opções de tratamento!

O que é Cisto no Pâncreas

Um cisto é uma bolsa cheia de líquido que se forma no pâncreas, órgão localizado atrás do estômago, responsável por produzir enzimas e hormônios que ajudam na digestão e no controle do açúcar no sangue.

Os cistos no pâncreas são comuns e geralmente são encontrados em exames de imagem realizados por outros motivos. Na maioria das vezes, eles não causam sintomas e não requerem tratamento.

No entanto, em alguns casos, os cistos pancreáticos podem ser graves e perigosos. Se um cisto cresce muito ou começa a causar sintomas, pode ser necessário tratamento.

Existem vários tipos de cistos no pâncreas, como cistos serosos, cistos mucinosos e cistos pseudopapilares, onde cada um tem suas próprias características e riscos associados.

Se você foi diagnosticado com um cisto no pâncreas, é preciso conversar com seu médico sobre o tipo de cisto que você tem e quais são os próximos passos.

Causas de Cistos no Pâncreas

Existem várias causas possíveis para o surgimento de cistos no pâncreas cistos, dentre as quais destacamos:

  • Pseudocistos pancreáticos: formados após uma lesão no pâncreas, como um trauma ou inflamação. Eles são preenchidos com líquido pancreático e outros fluidos corporais, e podem levar semanas ou meses para se formar após a lesão.
  • Cistoadenomas pancreáticos: são tumores benignos que se formam nas células produtoras de líquido do pâncreas. Eles podem crescer lentamente ao longo de vários anos e podem se tornar cancerosos se não forem tratados;
  • Cistos de retenção mucinosa: preenchidos com um líquido espesso e pegajoso chamado mucina, e geralmente se desenvolvem em pessoas com pancreatite crônica ou outras condições que afetam a produção de enzimas digestivas;
  • Cistos simples: são preenchidos com líquido claro e não contêm células anormais. Normalmente inofensivos e não requerem tratamento, a menos que cresçam muito ou causem sintomas.

Outras possíveis causas de cistos no pâncreas incluem infecções, obstruções nos ductos pancreáticos e condições hereditárias, como a síndrome de von Hippel-Lindau.

Se você suspeita que pode ter um cisto no pâncreas, procure um médico para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

Sintomas de Cistos Pancreáticos

Muitas pessoas com um cisto pancreático, podem não apresentar sintomas. Contudo, se o cisto crescer ou começar a pressionar outras áreas do seu corpo, é possível começar a sentir alguns sintomas, tais como:

  • Dor abdominal: a dor pode ser sentida no lado esquerdo ou direito do abdômen, ou no meio do abdômen;
  • Náusea e vômito: você pode sentir náusea ou vomitar se o cisto estiver pressionando o estômago;
  • Perda de peso: se o cisto estiver afetando a digestão, o paciente pode perder peso sem tentar;
  • Icterícia: se o cisto estiver pressionando a vesícula biliar ou o ducto biliar, você pode desenvolver icterícia, que é uma coloração amarelada da pele e dos olhos;
  • Pancreatite: se o cisto estiver bloqueando o ducto pancreático, pode resultar em pancreatite, que é uma inflamação do pâncreas.

Se você está experimentando um ou mais desses sintomas, é fundamental procurar um médico para avaliação e tratamento adequados.

Diagnóstico

Se você está preocupado com a possibilidade de ter um cisto no pâncreas, é essencial entender como é feito o diagnóstico.

O diagnóstico de cistos no pâncreas pode ser desafiador, pois muitas vezes os sintomas não aparecem até que o cisto tenha crescido o suficiente para pressionar outros órgãos.

O primeiro passo no diagnóstico é fazer um exame físico e avaliar o histórico médico do paciente.

Se o médico suspeitar de um cisto pancreático, ele pode solicitar exames de imagem, como ultrassom, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM).

O tamanho do cisto é essencial no diagnóstico e no tratamento. Cistos menores podem não causar sintomas e podem ser monitorados com exames de imagem regulares.

Por outro lado, cistos maiores podem ser mais perigosos e precisar serem removidos cirurgicamente.

Além disso, o tipo de cisto também é algo do qual se deve levar em conta no diagnóstico e no tratamento.

Tratamento

Existem diferentes opções de tratamento disponíveis para cistos no pâncreas, que variam de acordo com o tamanho e localização do cisto, bem como dos sintomas apresentados.

Em muitos casos, os cistos no pâncreas são benignos e não causam sintomas, onde o médico pode optar por monitorar o cisto com exames regulares para garantir que ele não esteja crescendo ou se tornando canceroso.

Agora, se o cisto está provocando sintomas ou está aumentando de tamanho, o médico pode recomendar um dos seguintes tratamentos:

  • Drenagem do cisto: Este procedimento envolve a inserção de uma agulha no cisto para drenar o líquido acumulado, que pode ajudar a aliviar os sintomas e reduzir o tamanho do cisto;
  • Cirurgia: Se o cisto é grande ou está causando sintomas graves, o médico pode recomendar a remoção cirúrgica do cisto, que envolve a remoção de uma parte do pâncreas ou até mesmo do órgão inteiro.

Vale lembrar que nem todos os cistos no pâncreas precisam de tratamento imediato, e a recomendação é discutir com o médico sobre as opções de tratamento disponíveis e escolher o melhor curso de ação.

Prognóstico

O prognóstico do cisto no pâncreas pode variar dependendo de vários fatores, como o tamanho, tipo e localização do cisto.

Embora a maioria dos cistos no pâncreas sejam benignos, alguns podem ser cancerosos, e nesse caso, o prognóstico pode ser mais grave.

Por isso, é essencial que os cistos no pâncreas sejam monitorados regularmente para detectar quaisquer sinais de câncer.

Por outro lado, alguns cistos no pâncreas podem simplesmente desaparecer com o tempo, que geralmente ocorre com cistos pequenos e benignos.

Se o seu médico descobrir um cisto no pâncreas, ele pode recomendar exames regulares para monitorar o cisto e verificar se ele está crescendo ou se há sinais de câncer.

Conclusão

O cisto pancreático é uma bolsa cheia de líquido que se forma no pâncreas. Existem diferentes tipos, sendo os mais comuns os pseudocistos e os cistos serosos.

Embora muitos cistos sejam benignos e assintomáticos, alguns podem causar dor abdominal, náusea, vômito e sensação de saciedade precoce.

O diagnóstico geralmente é feito através de exames de imagem como tomografia computadorizada ou ressonância magnética. O tratamento depende do tipo, tamanho e sintomas do cisto, onde alguns podem ser apenas monitorados, enquanto outros requerem drenagem ou cirurgia.

É importante fazer acompanhamento regular com um especialista em gastroenterologia, pois alguns tipos de cistos têm potencial de se tornarem malignos ao longo do tempo.

Se você mora em Goiânia ou tem a possibilidade de vir até a cidade e recebeu o diagnóstico de cisto no pâncreas, o Dr. Thiago Tredicci é um médico altamente qualificado e experiente em tratamentos para cistos no pâncreas.

Ele utiliza as mais recentes tecnologias e técnicas para garantir os melhores resultados para seus pacientes.

Com sua vasta experiência em tratamentos para cistos no pâncreas, o Dr. Thiago Tredicci pode ajudá-lo a determinar o melhor curso de ação para o seu caso específico.

Fonte de link: https://www.scielo.br/j/rcbc/a/KMDVKyM4FD65yVm4TnwFj3h/?lang=pt

Dr. Thiago Tredicci, Gastroenterologista e Cirurgião do Aparelho Digestivo. Experiente em cirurgia geral. CRM GO 12828, RQE 8168 e 8626.